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terça-feira, 6 de março de 2018

O equilíbrio dos códigos de Aikido


Por mais complexo e vigoroso que seja treinado um kata de Aikido clássico, ele sempre estará dentro do contexto criado originalmente, onde o UKE se oferece para receber a técnica até o final, sem necessariamente oferecer uma resistência real contra o NAGE. De uma forma geral, treinamos através de Katas, ou seja, uma ação coreografada dentro de uma hipótese marcial.
Precisamos confiar no Kata como uma ferramenta na construção das nossas habilidades marciais e não como um roteiro infalível de combate.
Devemos perceber que o estudo do Kata é uma chance de aprender junto com o parceiro e não uma oportunidade de submetê-lo a dor, sofrimento ou muito menos ilusões.
No Aikido nós respeitamos códigos durantes os treinos, porém é necessário não perder o nosso senso crítico, pois algumas vezes estes mesmos códigos se apresentam nos seus dois extremos, de um lado a sua expressão excêntrica, que evidencia a falta de compromisso marcial ou até mesmo a ausência de contato na realização dos katas e do outro, sua expressão agressiva, onde submete o outro a violência da dor como constatação de sucesso da ação.

A busca pelo equilíbrio nos códigos de treino pode manter nossos estudos de Aikido dentro de parâmetros justos, racionais e eficientes, potencializando os benefícios da prática e promovendo relações saudáveis no tatame, construídas com base na confiança, no entendimento e na realidade, além de melhorar a percepção que pessoas de fora da nossa comunidade têm sobre o Aikido.

por Mário Tetto



The balance of Aikido codes!

Even the most complex and strong Aikido movements it is trained inside of your original expression since it was created, where the UKE offers to receive the technique until the end, without necessarily offering a REAL resistance against the NAGE. In general, our training happens with “Katas”, respecting a choreographed action of a martial hypothesis.
We need to trust on “Kata” as a tool for building our martial skills and not as an infallible combat script. We must realize that the study of “Kata” is a chance to learn with the partner and not an opportunity to submit him to pain, suffering or even illusions.
In Aikido we respect codes during the training, but it is necessary not to lose our critical sense, because sometimes these same codes appear at both extremes sides, on one hand the eccentric expression, which makes evident the lack of martial commitment or even the “no touch” action, and on other hand, we have the aggressive expression, where the submission comes with pain as a way to ensure the success of the action.
The balance between the Aikido codes can keep ours studies on a fair, rational and efficient parameters, increasing  the benefits of the practice and promoting healthy relationships on the mat, built on trust, understanding and reality, as well as improving the perception that people outside of our community have about Aikido.


Mário Tetto

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